Quando olhei par cima, meu corpo
todo pareceu ferver por dentro, queimando todos os meus órgãos internos em
segundos. Meus olhos olharam para aqueles conhecidos e eu senti aquela mesma
náusea de sempre assim de que me lembrei do maldito sonho.
– Você podia ter batido a cabeça
– falou Zayn, sem desviar o olhar dos meus olhos.
Seus dedos apertaram a minha
cintura levemente e só então eu senti que ele ainda me tocava, e com força.
Minhas costas começaram a formigar e minha mente começou a pensar coisas
totalmente inapropriadas para fazer com aquele homem maravilhoso.
CLARA! ACORDA!
– O-obrigada... – agradeci,
fazendo uma força enorme para sair daquela posição.
– Você tá mesmo bem? – ele
perguntou, se levantando ao mesmo tempo que eu.
– To. Foi só um escorregão.
Zayn concordou com a cabeça e
seus olhos desviaram dois segundos para meu corpo seminu. Ele mordeu os lábios
e limpou a garganta, passando as mãos nos cabelos baixos e se aproximando de
mim. Porém, ele desviou do meu corpo, encostando levemente nossos ombros e indo
conversar com Niall.
Ele ainda iria agir secamente
comigo. Graças a Deus, isso realmente tornaria tudo ainda mais fácil.
– Ei, cara! Vocês chegaram!
Soltei todo o ar que segurava,
contando lentamente até dez e me virando apenas tentando passar a impressão de
que eu estava bem.
Niall falou algo para Zayn e ele
tirou a camisa ali mesmo, mostrando seu corpo magro e sensual. Senhor, eu
estava praticamente comendo ele com os olhos descaradamente! Eu não fazia isso,
aquilo não era do meu gênio, mas eu não conseguia simplesmente parar de olhar
para aquele corpo.
Quando ele pulou na piscina, meu
cérebro pareceu despertar do transe novamente. Pisquei várias vezes,
certificando-me que não estava mais hipnotizada ou coisa do tipo.
– Hope? Não vai entrar? – Niall
me perguntou.
Cruzei os braços por cima dos
seios e neguei com a cabeça, tentando abrir um sorriso calmo.
– Estou com um pouco de fome...
Vou comer alguma coisa.
– Não tem nada para comer, garota
– Horan virou os olhos – Vou buscar pizza mais tarde.
– Ah... Então vou tomar um
banho... Estou com frio. – claro que não estava com frio, meu corpo estava mais
quente do que um forno pronto para assar algo.
– Mas está qu...
– Mas eu estou com frio! –
interrompi-o, dando costas para os dois e indo até as escadas o mais rápido
possível.
A cada passo que eu dava, sentia
que estava sendo observada, ou melhor, secada. Talvez tenha sido só impressão,
mas quando cheguei no segundo andar, senti um alívio enorme percorrer meu
corpo.
– Oi, Hope! – Harry saiu de
dentro de um dos quartos apenas de bermuda e uma toalha no ombro.
– Oi, Harry. – cumprimentei-o sem
parar meu caminho.
– Não vai na piscina com a gente?
– Não. – respondi secamente e
entrei no meu quarto, fechando a porta com força.
Depois me desculpava pela
grosseria com Harry, mas na hora tinha mais coisas para me importar, como por
exemplo, lidar com minha loucura. Quer dizer, eu não podia olhar mais para Zayn
Malik que pensava em coisas inapropriadas, além de me lembrar do sonho idiota
que tive. Qual era o problema? Já sonhara com tantas pessoas morrendo antes e
nunca passei por esse tipo de situação.
– Clara, você está realmente
enlouquecendo!
Fui até o banheiro, tirando o
biquíni molhado e tomando um banho gelado para ver se a temperatura do meu
corpo subia. Vesti um short e uma camiseta de alcinha saindo do banheiro com
uma toalha enrolada na cabeça e me sentindo mais leve do que antes. Confirmado
que banhos gelados ajudam a relaxar minha mente.
Penteei meus cabelos molhados e me
joguei na cama macia em seguida. Estava um dia ótimo para nadar e essas coisas,
mas eu não estava nem um pouco a fim de fazer isso, preferia ficar na cama
dormindo e descansando, aproveitando os cinco dias de folga.
Lembro-me de apenas fechar os
olhos e quando os abri de novo, já estava escuro do lado de fora. Sabe aquelas
dormidas que nem parecem que aconteceram? Foi exatamente essa situação. Chanel
pulou em cima da cama e começou a ronronar enquanto esfregava os pelos em minha
perna. Peguei meu celular e conferi as horas, já eram 20h00min.
Sentei na cama e encarei a janela
aberta, revelando a escuridão do lado de fora. Levantei-me da cama e caminhei
até ela com o intuito de fecha-la, no entanto, o som dos grilos e a Lua alta
envolta de estrelas conseguiram me distrair um pouco. Aquele clima agradável me
trazia péssimas lembranças. Steve costumava me levar para o lado de fora em
noites assim. Eu sentava entre suas pernas e nós conversávamos a noite toda
quando possível.
Percebi que meus lábios começavam
a formar um sorriso e balancei a cabeça com força, expulsando todo esse tipo de
pensamento da minha cabeça.
Esqueça, Clara! Isso é passado!
Chanel miou atrás de mim mais uma
vez, correndo e saltando no batente da janela. Ela soltou um chiado estranho e
pulou, aterrissando perfeitamente de pé perto de um arbusto.
– Chanel! – chamei-a, não queria
que ela saísse em um lugar desconhecido assim, ela poderia se perder – Volta
aqui!
Ela me ignorou totalmente – como
se fosse novidade – e virou para os fundos da casa, fazendo-me borbulhar de
raiva. Por que ainda me preocupava com aquela gata? Saí do quarto e desci as
escadas com pressa, passando pela sala onde Niall e Harry assistiam algo
engraçado na TV.
– Oi, Hope! – Niall me
cumprimentou animado – Que bom que desceu, quer assi...
– Espera um minuto. To ocupada! –
cortei-o, sentindo uma pontada de dó no coração e correndo para a porta, saindo
da casa – Chanel... – pisei na grama seca, sentindo cócegas da sola de meu pé
descalço – Onde você está? Chanel! Vem cá.
Dei a volta na casa, passando por
uma janela ampla que dava para a cozinha, virando para “as costas” da casa e
chegando na parte da piscina. Passei por uma janela que dava para a cozinha e
pude ver Zayn cantarolando enquanto colocava algumas pizzas no prato. Ele
estava com os fones de ouvido no último volume e senti uma vontade tremenda de
chegar e abraça-lo.
Afastei essas coisas de mim mais
uma vez. Voltei a olhar para frente, pronta para chamar Chanel mais uma vez
quando algo chamou a minha atenção. Um barulho de plantas de remexendo veio do
arbusto um pouco mais a frente.
Desconfiada, andei alguns passos
na direção no arbusto, sentindo uma sensação de curiosidade passar por meu
corpo. Espreitei meus olhos, tentando enxergar algo no meio daquela escuridão,
ouvindo apenas no barulho dos grilos em minha volta.
– Chanel? – sussurrei.
Antes que eu conseguisse tocar
nas folhas, algo saltou de lá de dentro e minhas costas foram prensadas com
força na parede. Senti uma pontada aguda em minha costela e uma mão coberta por
uma luva preta de couro tampou minha boca com força, antes que eu pudesse
gritar por socorro ou coisa do tipo – algo que eu não costumava fazer.
– Shhiiiuu – a sombra preta na
minha frente fez um sinal para que eu não falasse.
Encarei-o com ódio, levantando
minhas mãos para acerta-lo, no entanto, outro individuo surgiu ao seu lado,
segurando meus braços bruscamente.
– Quietinha, querida. – disse um
deles.
O cheiro da luva em minha boca
fedia a maconha e eu começara a ficar enjoada com aquele odor desagradável.
– Derek já está aposto? – o que
segurava minha boca perguntou para o qual prendia meus braços.
– Sim. – respondeu, sua voz
soando extremamente, e estranhamente, familiar para mim.
De repente, apenas uma coisa veio
para a minha cabeça: Zayn. Meu
coração começou a acelerar no peito e meus olhos se arregalaram ao máximo,
enquanto a adrenalina voltava para as minhas veias. Comecei a me debater,
tentando me soltar, mas por mais que eu fosse forte, eles eram mais.
Onde que Zayn estava? Na cozinha?
Pelo amor de Deus, que ele saia naquele momento de lá.
Eu precisava fazer algo. E
urgente.
Tentei morder a mão do homem em
minha boca e não tive muito sucesso. Ele apenas riu e passou os dedos pela
minha bochecha. Foi então que eu me lembrei de algo que existia no corpo humano
e não estava sendo preso por ninguém ali: meus pés. Como fui tão burra?
Sem perder tempo, chutei o joelho
do homem a minha frente, fazendo-o gemer de dor e perder levemente o
equilíbrio. Aproveitei que o outro se distraiu por meio segundo e dei uma
ajoelhada certeira em seu estomago e ele urrou, inclinando o corpo para frente.
Levei novamente meus joelhos para cima, acertando seu rosto e depois virei um
soco em sua mandíbula, vendo-o cair com tudo na grama.
O outro veio por trás de mim,
agarrando meu pescoço com os braços. Senti aquela típica ânsia de vomito de
quando está sendo enforcado e tentei tirar seus braços dali, não conseguindo
realizar essa proeza. Pensei em outra coisa rapidamente e fiz força para trás,
levando meu corpo com tudo para a parede.
– Alvo na mira. – uma voz saiu de dentro do bolso de um deles e eu
entrei em pânico.
Repeti a mesma coisa algumas
vezes, batendo na parede e voltando, até que senti meus sentidos começarem a
falhar devido o ar que faltava em meus pulmões. Peguei impulso mais uma vez e
voltei para trás com a maior força que podia naquela situação. Escutei um
“trec” conhecido e os braços do homem saíram do meu pescoço. Virei-me para
encara-lo no chão e sua cabeça estava tombada para o lado, as mãos moles... Ele
havia quebrado o pescoço.
Senti um calafrio percorrer por
minha espinha e senti uma sensação estranha correr por minhas entranhas.
– Estou pronto para atirar... – a voz misteriosa, que vinha de algum
comunicador pelo o que parecia, me fez despertar.
– Por que não continuei com minha
vida de garçonete?
Corri para a lateral da casa,
onde outro cara de preto estava apoiado sobre a janela, com uma grande M4A1* em
suas mãos. Ele estava com um dos olhos fechados, com a mira já alinhada. Seu
dedo passou para o gatilho e eu entrei em pânico mais uma vez. Não daria tempo
de eu correr até ele e impedi-lo, ele me veria, mas não pararia... A bala já
seria disparada e Zayn estaria morto.
Antes que eu pudesse raciocinar,
Chanel apareceu ronronando em meus pés e uma ideia idiota, mas não recusável,
apareceu na minha cabeça.
– Não me decepcione, Chanel... E
me desculpe por isso.
Peguei a gata no colo e juntei
todo o ar de meus pulmões para dar um grito.
– EI! SEU BABACA! – o homem me
olhou de relance, um pouco assustado, e eu taquei Chanel longe, fazendo-a
aterrissar bem no seu rosto tampado.
– MIAU! – ela soltou um miado
bravo, arranhando a face do homem.
– AH! SAÍ! – ele começou a se
distanciar da janela e a arma caiu de suas mãos.
Corri até ela, pegando-a rapidamente
e esperando Chanel se controlar para sair de cima dele. Quando o fez, eu
apontei a arma para seu peito, deixando-o ainda mais confuso.
– Quem é você? – perguntei,
ofegante.
– Eu...
– Quer saber? To nem aí! –
respondi, impaciente e bati com o gatilho em sua cabeça, fazendo-o desmaiar.
Suspirei aliviada assim que a
ameaça parecia ter sumido. Olhei levemente pela janela da cozinha e Zayn
continuava lá, com os fones grudados na orelha, provavelmente no último volume.
Talvez uma das razões para ele não ter escutado a gritaria do lado de fora.
– Bom trabalho, Chanel... –
elogiei minha gatinha, sentindo orgulho de tê-la como animal de estimação...
Essa foi a primeira vez que pensara nisso, pra falar a verdade.
Ela miou em resposta.
– Clara... O que fez?
Virei meu corpo, assustada, e um
dos caras mascarados de antes – o vivo, claro – estava parado, me encarando
como se eu fosse um pedaço de estrume ou quase isso. Ele tirou sua máscara e o
rosto de Alfred apareceu diante a mim. Minha boca se abriu surpresa e sem mais
saber o que fazer apontei a arma em sua direção.
– Você. – falei com raiva, como
se fossemos inimigos há anos.
– Clara. Você teria mesmo coragem
de atirar em mim?
– Você planejou isso? – continuei
com a arma firme em minhas mãos – Eu dou exatamente cinco minutos para você
pegar esses caras e dar o fora daqui.
– Você matou um dos meus
homens... – ele parecia indignado – Olhe bem o que está fazendo.
– Alfred. Dá o fora daqui antes
que eu acabe com sua raça.
– Você não atiraria em mim.
Cerrei meus olhos e mordi meus
lábios, colocando meu dedo no gatilho.
– Quer pagar pra ver?
Alfred endireitou a coluna, me
olhando curioso.
– Você não vai encostar um dedo
nesse garoto. – falei, sentindo os pelos de Chanel passarem por minhas pernas.
– Nem um dedo. E é bom você sair daqui agora ou eu chamo a polícia.
– Fala como se você fosse a
boazinha. – ele se arriscou a dizer, levantando as mãos – Eu vou em bora,
Clara, mas tente se lembrar de quem você realmente é.
– Eu sei muito bem quem eu sou.
– Sabe mesmo... Hope?
Virei meus olhos e segurei firme
no gatilho mais uma vez.
– Eu quero você longe daqui. Se
eu te pegar tentando mais um assassinato, o único que vai morrer é você,
Alfred.
– Clara... Nós estamos do seu
lado.
– Não existe mais lado aqui. Vai
embora, ou eu chamo a polícia.
– Nós precisamos do dinheiro que
ele...
– Se esqueceu que o dinheiro só
vai ser entregue se EU mata-lo? – cerrei meus olhos, desafiando-o – Você tem
cinco segundos pra dar um fora daqui.
Alfred me encarou com os lábios
prensados, a maneira que ele me olhava quando estava decepcionado. Não gostava
de apontar uma arma para ele, Alfred era como um pai para mim. Mas eu
precisava. De alguma maneira, eu não podia, de nenhum jeito, deixar Zayn
morrer.
– Se é isso o que quer.
*Só para saberem, uma M4A1, são aquele tipo de arma enorme (que eu tbm não sabia o nome e fui pesquisar). Clique aqui pra ver a imagem.
OLAAAAAAAAAAAAA!
Tudooooo booooom?
Bom, hje não é segunda, mas
como vocês estavam pedindo pela continuação
e eu sempre AMOOOO publicar capítulos e
não consegui me conter, decidi publicar
hoje de uma vez!
Eu espero que tenham gostado e acho que
o próximo vai estar um pouco
mais legal que esse, juro!!
Coisas emocionantes irão acontecer
em breve!
MUAHAHAHA!
BOOOOOOOOOOOOOM MUITOOOO
OBGGGGGG PELOS COMENTÁRIOS!
Amo vocês <3
Espero que tenham gostado
do capítulo!
Só isso!
Até amanhã!
Malikisses & Paynekisses
Lo <3
C o n t i n u a a a Hojeee esta mais que Perfeito!!! Ai mdss.. Vc tem que Coontinuar!!!! ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤
ResponderExcluirAiiiiii, continuaaaa!!!! To taooooo ansiosa vc deveria postar todo diaaa....malikisses
ResponderExcluirAi Deus! Continua! **--** ^_^
ResponderExcluirContinua esse negocio sem or
ResponderExcluirTo pirando 🙋💥