7/13/2014

Criminal Capítulo 18 - One more try




Quando olhei par cima, meu corpo todo pareceu ferver por dentro, queimando todos os meus órgãos internos em segundos. Meus olhos olharam para aqueles conhecidos e eu senti aquela mesma náusea de sempre assim de que me lembrei do maldito sonho.
– Você podia ter batido a cabeça – falou Zayn, sem desviar o olhar dos meus olhos.
Seus dedos apertaram a minha cintura levemente e só então eu senti que ele ainda me tocava, e com força. Minhas costas começaram a formigar e minha mente começou a pensar coisas totalmente inapropriadas para fazer com aquele homem maravilhoso.
CLARA! ACORDA!
– O-obrigada... – agradeci, fazendo uma força enorme para sair daquela posição.
– Você tá mesmo bem? – ele perguntou, se levantando ao mesmo tempo que eu.
– To. Foi só um escorregão.
Zayn concordou com a cabeça e seus olhos desviaram dois segundos para meu corpo seminu. Ele mordeu os lábios e limpou a garganta, passando as mãos nos cabelos baixos e se aproximando de mim. Porém, ele desviou do meu corpo, encostando levemente nossos ombros e indo conversar com Niall.
Ele ainda iria agir secamente comigo. Graças a Deus, isso realmente tornaria tudo ainda mais fácil.
– Ei, cara! Vocês chegaram!
Soltei todo o ar que segurava, contando lentamente até dez e me virando apenas tentando passar a impressão de que eu estava bem.
Niall falou algo para Zayn e ele tirou a camisa ali mesmo, mostrando seu corpo magro e sensual. Senhor, eu estava praticamente comendo ele com os olhos descaradamente! Eu não fazia isso, aquilo não era do meu gênio, mas eu não conseguia simplesmente parar de olhar para aquele corpo.
Quando ele pulou na piscina, meu cérebro pareceu despertar do transe novamente. Pisquei várias vezes, certificando-me que não estava mais hipnotizada ou coisa do tipo.
– Hope? Não vai entrar? – Niall me perguntou.
Cruzei os braços por cima dos seios e neguei com a cabeça, tentando abrir um sorriso calmo.
– Estou com um pouco de fome... Vou comer alguma coisa.
– Não tem nada para comer, garota – Horan virou os olhos – Vou buscar pizza mais tarde.
– Ah... Então vou tomar um banho... Estou com frio. – claro que não estava com frio, meu corpo estava mais quente do que um forno pronto para assar algo.
– Mas está qu...
– Mas eu estou com frio! – interrompi-o, dando costas para os dois e indo até as escadas o mais rápido possível.
A cada passo que eu dava, sentia que estava sendo observada, ou melhor, secada. Talvez tenha sido só impressão, mas quando cheguei no segundo andar, senti um alívio enorme percorrer meu corpo.
– Oi, Hope! – Harry saiu de dentro de um dos quartos apenas de bermuda e uma toalha no ombro.
– Oi, Harry. – cumprimentei-o sem parar meu caminho.
– Não vai na piscina com a gente?
– Não. – respondi secamente e entrei no meu quarto, fechando a porta com força.
Depois me desculpava pela grosseria com Harry, mas na hora tinha mais coisas para me importar, como por exemplo, lidar com minha loucura. Quer dizer, eu não podia olhar mais para Zayn Malik que pensava em coisas inapropriadas, além de me lembrar do sonho idiota que tive. Qual era o problema? Já sonhara com tantas pessoas morrendo antes e nunca passei por esse tipo de situação.
– Clara, você está realmente enlouquecendo!
Fui até o banheiro, tirando o biquíni molhado e tomando um banho gelado para ver se a temperatura do meu corpo subia. Vesti um short e uma camiseta de alcinha saindo do banheiro com uma toalha enrolada na cabeça e me sentindo mais leve do que antes. Confirmado que banhos gelados ajudam a relaxar minha mente.
Penteei meus cabelos molhados e me joguei na cama macia em seguida. Estava um dia ótimo para nadar e essas coisas, mas eu não estava nem um pouco a fim de fazer isso, preferia ficar na cama dormindo e descansando, aproveitando os cinco dias de folga.
Lembro-me de apenas fechar os olhos e quando os abri de novo, já estava escuro do lado de fora. Sabe aquelas dormidas que nem parecem que aconteceram? Foi exatamente essa situação. Chanel pulou em cima da cama e começou a ronronar enquanto esfregava os pelos em minha perna. Peguei meu celular e conferi as horas, já eram 20h00min.
Sentei na cama e encarei a janela aberta, revelando a escuridão do lado de fora. Levantei-me da cama e caminhei até ela com o intuito de fecha-la, no entanto, o som dos grilos e a Lua alta envolta de estrelas conseguiram me distrair um pouco. Aquele clima agradável me trazia péssimas lembranças. Steve costumava me levar para o lado de fora em noites assim. Eu sentava entre suas pernas e nós conversávamos a noite toda quando possível.
Percebi que meus lábios começavam a formar um sorriso e balancei a cabeça com força, expulsando todo esse tipo de pensamento da minha cabeça.
Esqueça, Clara! Isso é passado!
Chanel miou atrás de mim mais uma vez, correndo e saltando no batente da janela. Ela soltou um chiado estranho e pulou, aterrissando perfeitamente de pé perto de um arbusto.
– Chanel! – chamei-a, não queria que ela saísse em um lugar desconhecido assim, ela poderia se perder – Volta aqui!
Ela me ignorou totalmente – como se fosse novidade – e virou para os fundos da casa, fazendo-me borbulhar de raiva. Por que ainda me preocupava com aquela gata? Saí do quarto e desci as escadas com pressa, passando pela sala onde Niall e Harry assistiam algo engraçado na TV.
– Oi, Hope! – Niall me cumprimentou animado – Que bom que desceu, quer assi...
– Espera um minuto. To ocupada! – cortei-o, sentindo uma pontada de dó no coração e correndo para a porta, saindo da casa – Chanel... – pisei na grama seca, sentindo cócegas da sola de meu pé descalço – Onde você está? Chanel! Vem cá.
Dei a volta na casa, passando por uma janela ampla que dava para a cozinha, virando para “as costas” da casa e chegando na parte da piscina. Passei por uma janela que dava para a cozinha e pude ver Zayn cantarolando enquanto colocava algumas pizzas no prato. Ele estava com os fones de ouvido no último volume e senti uma vontade tremenda de chegar e abraça-lo.
Afastei essas coisas de mim mais uma vez. Voltei a olhar para frente, pronta para chamar Chanel mais uma vez quando algo chamou a minha atenção. Um barulho de plantas de remexendo veio do arbusto um pouco mais a frente.
Desconfiada, andei alguns passos na direção no arbusto, sentindo uma sensação de curiosidade passar por meu corpo. Espreitei meus olhos, tentando enxergar algo no meio daquela escuridão, ouvindo apenas no barulho dos grilos em minha volta.
– Chanel? – sussurrei.
Antes que eu conseguisse tocar nas folhas, algo saltou de lá de dentro e minhas costas foram prensadas com força na parede. Senti uma pontada aguda em minha costela e uma mão coberta por uma luva preta de couro tampou minha boca com força, antes que eu pudesse gritar por socorro ou coisa do tipo – algo que eu não costumava fazer.
– Shhiiiuu – a sombra preta na minha frente fez um sinal para que eu não falasse.
Encarei-o com ódio, levantando minhas mãos para acerta-lo, no entanto, outro individuo surgiu ao seu lado, segurando meus braços bruscamente.
– Quietinha, querida. – disse um deles.
O cheiro da luva em minha boca fedia a maconha e eu começara a ficar enjoada com aquele odor desagradável.
– Derek já está aposto? – o que segurava minha boca perguntou para o qual prendia meus braços.
– Sim. – respondeu, sua voz soando extremamente, e estranhamente, familiar para mim.
De repente, apenas uma coisa veio para a minha cabeça: Zayn. Meu coração começou a acelerar no peito e meus olhos se arregalaram ao máximo, enquanto a adrenalina voltava para as minhas veias. Comecei a me debater, tentando me soltar, mas por mais que eu fosse forte, eles eram mais.
Onde que Zayn estava? Na cozinha? Pelo amor de Deus, que ele saia naquele momento de lá.
Eu precisava fazer algo. E urgente.
Tentei morder a mão do homem em minha boca e não tive muito sucesso. Ele apenas riu e passou os dedos pela minha bochecha. Foi então que eu me lembrei de algo que existia no corpo humano e não estava sendo preso por ninguém ali: meus pés. Como fui tão burra?
Sem perder tempo, chutei o joelho do homem a minha frente, fazendo-o gemer de dor e perder levemente o equilíbrio. Aproveitei que o outro se distraiu por meio segundo e dei uma ajoelhada certeira em seu estomago e ele urrou, inclinando o corpo para frente. Levei novamente meus joelhos para cima, acertando seu rosto e depois virei um soco em sua mandíbula, vendo-o cair com tudo na grama.
O outro veio por trás de mim, agarrando meu pescoço com os braços. Senti aquela típica ânsia de vomito de quando está sendo enforcado e tentei tirar seus braços dali, não conseguindo realizar essa proeza. Pensei em outra coisa rapidamente e fiz força para trás, levando meu corpo com tudo para a parede.
Alvo na mira. – uma voz saiu de dentro do bolso de um deles e eu entrei em pânico.
Repeti a mesma coisa algumas vezes, batendo na parede e voltando, até que senti meus sentidos começarem a falhar devido o ar que faltava em meus pulmões. Peguei impulso mais uma vez e voltei para trás com a maior força que podia naquela situação. Escutei um “trec” conhecido e os braços do homem saíram do meu pescoço. Virei-me para encara-lo no chão e sua cabeça estava tombada para o lado, as mãos moles... Ele havia quebrado o pescoço.
Senti um calafrio percorrer por minha espinha e senti uma sensação estranha correr por minhas entranhas.
Estou pronto para atirar... – a voz misteriosa, que vinha de algum comunicador pelo o que parecia, me fez despertar.
– Por que não continuei com minha vida de garçonete?
Corri para a lateral da casa, onde outro cara de preto estava apoiado sobre a janela, com uma grande M4A1* em suas mãos. Ele estava com um dos olhos fechados, com a mira já alinhada. Seu dedo passou para o gatilho e eu entrei em pânico mais uma vez. Não daria tempo de eu correr até ele e impedi-lo, ele me veria, mas não pararia... A bala já seria disparada e Zayn estaria morto.
Antes que eu pudesse raciocinar, Chanel apareceu ronronando em meus pés e uma ideia idiota, mas não recusável, apareceu na minha cabeça.
– Não me decepcione, Chanel... E me desculpe por isso.
Peguei a gata no colo e juntei todo o ar de meus pulmões para dar um grito.
– EI! SEU BABACA! – o homem me olhou de relance, um pouco assustado, e eu taquei Chanel longe, fazendo-a aterrissar bem no seu rosto tampado.
– MIAU! – ela soltou um miado bravo, arranhando a face do homem.
– AH! SAÍ! – ele começou a se distanciar da janela e a arma caiu de suas mãos.
Corri até ela, pegando-a rapidamente e esperando Chanel se controlar para sair de cima dele. Quando o fez, eu apontei a arma para seu peito, deixando-o ainda mais confuso.
– Quem é você? – perguntei, ofegante.
– Eu...
– Quer saber? To nem aí! – respondi, impaciente e bati com o gatilho em sua cabeça, fazendo-o desmaiar.
Suspirei aliviada assim que a ameaça parecia ter sumido. Olhei levemente pela janela da cozinha e Zayn continuava lá, com os fones grudados na orelha, provavelmente no último volume. Talvez uma das razões para ele não ter escutado a gritaria do lado de fora.
– Bom trabalho, Chanel... – elogiei minha gatinha, sentindo orgulho de tê-la como animal de estimação... Essa foi a primeira vez que pensara nisso, pra falar a verdade.
Ela miou em resposta.
– Clara... O que fez?
Virei meu corpo, assustada, e um dos caras mascarados de antes – o vivo, claro – estava parado, me encarando como se eu fosse um pedaço de estrume ou quase isso. Ele tirou sua máscara e o rosto de Alfred apareceu diante a mim. Minha boca se abriu surpresa e sem mais saber o que fazer apontei a arma em sua direção.
– Você. – falei com raiva, como se fossemos inimigos há anos.
– Clara. Você teria mesmo coragem de atirar em mim?
– Você planejou isso? – continuei com a arma firme em minhas mãos – Eu dou exatamente cinco minutos para você pegar esses caras e dar o fora daqui.
– Você matou um dos meus homens... – ele parecia indignado – Olhe bem o que está fazendo.
– Alfred. Dá o fora daqui antes que eu acabe com sua raça.
– Você não atiraria em mim.
Cerrei meus olhos e mordi meus lábios, colocando meu dedo no gatilho.
– Quer pagar pra ver?
Alfred endireitou a coluna, me olhando curioso.
– Você não vai encostar um dedo nesse garoto. – falei, sentindo os pelos de Chanel passarem por minhas pernas. – Nem um dedo. E é bom você sair daqui agora ou eu chamo a polícia.
– Fala como se você fosse a boazinha. – ele se arriscou a dizer, levantando as mãos – Eu vou em bora, Clara, mas tente se lembrar de quem você realmente é.
– Eu sei muito bem quem eu sou.
– Sabe mesmo... Hope?
Virei meus olhos e segurei firme no gatilho mais uma vez.
– Eu quero você longe daqui. Se eu te pegar tentando mais um assassinato, o único que vai morrer é você, Alfred.
– Clara... Nós estamos do seu lado.
– Não existe mais lado aqui. Vai embora, ou eu chamo a polícia.
– Nós precisamos do dinheiro que ele...
– Se esqueceu que o dinheiro só vai ser entregue se EU mata-lo? – cerrei meus olhos, desafiando-o – Você tem cinco segundos pra dar um fora daqui.
Alfred me encarou com os lábios prensados, a maneira que ele me olhava quando estava decepcionado. Não gostava de apontar uma arma para ele, Alfred era como um pai para mim. Mas eu precisava. De alguma maneira, eu não podia, de nenhum jeito, deixar Zayn morrer.
– Se é isso o que quer.



*Só para saberem, uma M4A1, são aquele tipo de arma enorme (que eu tbm não sabia o nome e fui pesquisar). Clique aqui pra ver a imagem.






OLAAAAAAAAAAAAA!
Tudooooo booooom?
Bom, hje não é segunda, mas
como vocês estavam pedindo pela continuação
e eu sempre AMOOOO publicar capítulos e
não consegui me conter, decidi publicar
hoje de uma vez!
Eu espero que tenham gostado e acho que
o próximo vai estar um pouco
mais legal que esse, juro!!
Coisas emocionantes irão acontecer
em breve!
MUAHAHAHA!
BOOOOOOOOOOOOOM MUITOOOO
OBGGGGGG PELOS COMENTÁRIOS!
Amo vocês <3
Espero que tenham gostado
do capítulo!
Só isso!
Até amanhã!
Malikisses & Paynekisses
Lo <3










4 comentários:

  1. C o n t i n u a a a Hojeee esta mais que Perfeito!!! Ai mdss.. Vc tem que Coontinuar!!!! ❤ ❤ ❤ ❤ ❤ ❤

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  2. Aiiiiii, continuaaaa!!!! To taooooo ansiosa vc deveria postar todo diaaa....malikisses

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  3. Continua esse negocio sem or
    To pirando 🙋💥

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