Aniversário. Uma data especial
para comemorar um ano há mais na sua vida, alegre e saudável. Eu nunca gostei
muito de aniversários. Era um dia só seu, tirado para passar com os amigos e
família. E bem, eu não tinha amigos até então, muito menos família.
Mas não era do meu aniversário de
que estamos falando. Os meninos voltaram para Londres naquela semana, para
resolver algumas coisas de um CD e de um clipe novos. A turnê nos EUA havia
acabado e o aniversário de Liam estava próximo. Ele daria uma festa no final de
semana e jurou que me mataria se eu não fosse.
– Férias. Férias. Finalmente
férias! – Louis cantarolava enquanto dirigia pelas ruas londrinas.
– Louis, não estamos de férias. –
respondi ao seu lado, rindo de sua comemoração – Vocês voltam para a turnê na
Irlanda semana que vem.
– Mas terá festa. E festa
significa descanso, e descanso é sinônimo de férias, oras. – ele respondeu,
simplesmente.
Tive que rir da resposta. Ela
tinha sido bem elaborada.
Tínhamos acabado de voltar de uma
ida ao shopping. Precisava comprar algo para Liam e confesso que não consegui
simplesmente nada. Primeiro porque não sei comprar presentes, segundo, Louis
ficou me apressando, falando que precisava encontrar a namorada logo e que eu
estava demorando de mais, e terceiro, umas meninas descobriram seu disfarce e
tivemos que correr, literalmente, do shopping.
– Louis, tudo bem mesmo eu ficar
na sua casa? – perguntei, pensando o quanto desagradável seria para sua
namorada.
Louis fez uma careta. Seus dedos
se moveram para o rádio e ele aumentou o volume, parando em um semáforo.
– Sobre isso... – ele mordeu os
lábios.
– Sabia... – virei meus olhos,
apoiando o cotovelo na janela.
– Eleanor não gostou da ideia,
ok? Ela é ciumenta.
– E possessiva – falei indignada,
mas compreensiva – Onde vou ficar? Eu não reservei um quarto porque VOCÊ disse
que eu poderia dormir na sua casa esses dias.
– E você ia, tá legal? – o carro
andou mais alguns minutos e parou em frente a um portão grande de pedras.
– Tudo bem. Eu ligo para um hotel
e vejo se tem um quarto e... Por que paramos?
Louis abriu um sorriso maroto,
como uma criança que acaba de quebrar o vaso favorito da mãe e tem pavor de sua
reação. Franzi meu cenho e comecei a ter medo da resposta para aquela pergunta.
– Zayn concordou de primeira.
Senti minha própria saliva
entalar em minha garganta. Encarei-o sem saber o que falar e ele pareceu se
divertir ainda mais com a situação. Tinha medo do que podia acontecer comigo na
mesma casa, sozinha, com aquele homem.
– Algum problema com isso, Hope?
– Louis perguntou maliciosamente – Sei que você anda meio afastada dele
ultimamente, talvez isso os ajude a se aproximarem.
Eu não estava completamente
afastada. Sempre estava alerta a qualquer tipo de perigo entorno dele... E
tinha mandado alguns guardas ficarem em volta de sua casa, caso algo
acontecesse naquela semana em Londres – sem ele saber, claro. Também tinha
instalado um rastreador em seu celular, mas isso são apenas detalhes.
– Tá. Eu fico com ele essa
semana. Mas você continua sendo um idiota.
– Jura? Nem sabia! – Louis se
aproximou e deu um beijo em minha bochecha – A casa dele é mais legal que a minha!
Eu e os meninos passaremos aí de noite!
– Tá legal. Mas sem piadinhas!
– Juro.
Peguei minhas bolsas em meus pés
e saí do carro, batendo a porta com força. Dei a volta no porsche e subi na
calçada, indo diretamente para o portão. Apertei o interfone branco posto a
minha esquerda. Eu estava nervosa. Por que eu estava nervosa? Minhas mãos
suavam e precisei agarra-las na blusa para parar de tremer.
Para de frescura, Clara!
– Hm... Hope? – uma voz grave saiu do pequeno aparelho.
– Sim.
Um estralo veio do portão,
indicando que ele havia destrancado. Olhei para Louis e ele apenas sorriu,
acenando. Passei pelo portão e fechei-o atrás de mim. Atrás do muro enorme de
pedras tinha uma mansão branca com detalhes feito de tijolos. Caminhei pelo
gramado perfeitamente tratado até chegar na porta principal, onde Zayn já me
aguardava escorado no batente da porta de madeira.
– Seja Bem-Vinda ao meu lar! –
ele sorriu.
– Valeu. – tentei sorrir de
volta, mas não era tão fácil fazer isso quando o homem a sua frente usava um
moletom e touca. Pessoas normais não ficam legais com esse tipo de estilo, ele
ficava.
Entrei na casa e ouvi a porta
bater atrás de mim. Um cachorro pequeno veio correndo em minha direção. Sua
coleira balançava, fazendo um barulho engraçado.
– Eu meio que trouxe a Chanel...
– comentei um pouco sem graça enquanto levantava a bolsa em que ela estava.
– Não tem problema... – Zayn deu
de ombros – Ed é um bom cachorro.
– Ed? – soltei uma risada. Não
era para eu ser simpática – Oi Ed.
Ed rolou com a barriga pra cima e
pôs a língua para fora, forçando-me a coçar sua barriga. Senti Chanel
remexer-se dentro da bolsa.
– Hm... Vou te mostrar seu quarto,
Hope!
– Certo.
Segui Zayn por uma grande
escadaria até o segundo andar. O piso havia sumido e agora um carpete vermelho
abafava meus passos. Ele parou de frente para uma porta e abriu-a, indicando-a
com a cabeça.
– Seu quarto.
Entrei no cômodo passando por
Zayn e sentindo o cheiro de seu perfume masculino. Apertei mais minhas mãos na
bolsa e prendi a respiração, tentando expulsar aquele cheiro de minhas narinas.
Concentração, Clara.
– Bem... Hm... Eu vou lá para
baixo. Se acomode... Faça o que precisa e qualquer coisa é só chamar e... É
isso.
Ele parecia nervoso. Por que ele estava nervoso?
– Obrigada, Zayn. – agradeci com
sinceridade e ele sorriu.
Malik! Para de sorrir.
Aquele sorriso perfeito não me
fazia bem. Tirava totalmente minha concentração.
Quando ele finalmente saiu do
quarto, me deixando sozinha, senti que estava segura. Consegui respirar sem
medo. Esse homem fazia algo comigo só sorrindo. Aquilo era normal? Costumava
acontecer com todas as garotas que o conheciam? Ou o problema era só comigo?
...
Zayn’s POV
– Adicione água e espere alguns
minutos. – li outro parágrafo do grande livro de receitas, dado pela minha mãe.
Nunca achei que seria útil um dia, mas pelo jeito, estava sendo.
Você é um idiota. Isso é ridículo, Zayn.
De certa forma era. Eu nunca
cozinhava. Sempre pedia pizza, comida japonesa, mexicana, qualquer coisa para
me abastecer. No entanto, eu estava fazendo tudo aquilo para impressionar ela. Mas pra falar a verdade, nem sabia
se ela gostava de macarrão com molho pardo, ou seja lá o que aquilo fosse.
Eu não sabia o que Hope fazia,
mas ela conseguia prender meus pensamentos sendo apenas ela. Conseguia me
deixar simplesmente paralisado com apenas um olhar. Não sabia se amava ou odiava
aqueles lindos olhos azuis, escuros e diferentes de todos que já vi. E o jeito que seus cabelos se mexiam a cada passo que ela dava, tão macios e perfeitamente escovados, me deixava encantado.
Legal. Agora você é um idiota gay.
O pior era que ela me tratava
como um desconhecido já fazia um tempo. Respondia em monossílabos, falava
comigo secamente. Eu tentava demonstrar desinteresse, acostumado com tudo aquilo,
mas na verdade, eu estava me corroendo por dentro, tentando buscar respostas
para ela começar a me tratar daquele jeito bipolar.
Ed começou a latir do meu lado e
eu ignorei-o, passando a mãos pelos meus olhos, tentando expulsar tudo aquilo
de minha cabeça. Eu estava agindo como um babaca. Estava ali, pensando em seus
olhos e cabelos enquanto ela devia estar dormindo, com os pensamentos totalmente
distantes dos meus. Ed latiu mais uma vez. Encarei-o. Ele começou a chorar e um
cheiro de queimado invadiu minhas narinas. Olhei para trás e vi a panela no
fogão quase pegando fogo. Arregalei meus olhos e desliguei o fogão no mesmo
instante que a comida lá dentro entrou em chamas.
– AH, DEUSES!
Peguei o mini extintor de
incêndio em baixo da pia e taquei aquela espuma dentro da panela, ouvindo Ed
latir mais alto do meu lado. O fogo sumiu completamente depois de alguns
segundos e eu pude suspirar aliviado. Eu não era bom na cozinha.
– EU SENTI CHEIRO DE QUEIMADO...
– AH!
Hope apareceu, simplesmente
apareceu, do meu lado e eu levei outro susto, jogando espuma em sua camisa
branca e em metade de seu pescoço. Ela parou de falar e ficou me encarando com
os braços levantados, como se dissesse “O QUE ESTÁ FAZENDO, GAROTO?”. Eu
definitivamente não era bom na cozinha.
– Opa... – sorri forçado e ela
virou os olhos, batendo os braços, como se fossem asas, para a espuma acumulada
ali cair.
– Tem sorte de eu estar
praticamente acostumada com essas travessuras de vocês. – ela respondeu abrindo
os botões da camisa e tirando-a, ficando apenas com uma regata preta.
– Desculpa, Hope... Eu... Cara...
Desculpe. – Idiota. Idiota. Idiota.
Idiota. – Desculpa.
– Tudo bem, Zayn. – ela riu um
pouco – Meu Deus, o que você estava fazendo aqui?
– Uma tentativa de macarrão. –
observei a crosta dura e torrada em volta da panela – Isso deveria ser o molho.
Hope olhou para a panela e
começou a rir. Tive que acompanha-la, aquilo era constrangedor, porém hilário.
– Isso era pra ser o molho, Zayn?
Meu Deus, você é pior do que o Harry! – ela disse, ainda rindo e pegando a
panela no fogão.
Hope colocou-a sobre a pia e
ligou a torneira, jogando água na panela quente.
– Agora você manda uma mensagem
pros meninos e fala para eles trazerem algo para comermos... Ou morreremos de
fome! – ela continuou, pegando um pedaço de guardanapo e passando no pescoço.
Peguei meu celular no bolso e
mandei uma mensagem para Liam, pedindo para ele trazer pizza quando viesse, já
que a janta tinha ficado com alguns probleminhas.
Hope continuava pegando pedaços
de papel toalha para limpar a espuma que eu havia jogado nela. Eu nunca mais
cozinharia na vida.
– Deixe-me te ajudar, certo? É o
mínimo que posso fazer. – me aproximei dela com o pano em mãos.
– Ah, valeu.
Fiquei próximo a ela, encarando aqueles lindos olhos azuis. Tudo que estava em minha cabeça antes, voltou como um trem se chocando contra meu cérebro. Passei o pano em seu braço, como um retardado, e senti meu extinto masculino dizer para eu fazer algo, me aprossimar, parar de ser gay e molenga, e ser homem. Droga! Seus olhos eram tão bonitos. Seu rosto, delicado, fino e seus lábios, tão convidativos.
– Zayn... Obrigada, pode deixar
que eu me limpo. – ela disse, com a voz baixa.Talvez tivesse assustada comigo encarando-a daquela maneira.
Não sei por que, mas ignorei-a.
Voltei a limpar toda a espuma de seu braço. Hope não me impediu. Estranhamente,
ela parecia muito mais próxima do que antes. Aquilo não era bom. Minhas mãos formigavam para toca-la.
Meus lábios formigavam para tocarem nos dela.
Eu precisava acabar logo com tudo aquilo.
– Zayn... – ela sussurrou –
Chega. Está bom.
Eu não ouvi o que ela disse, novamente. Eu estava hipnotizado. O pano caiu de minha mão e eu levei meus dedos ao seu pescoço um pouco molhado. Ela se estremeceu e eu sorri fraco, aproximando meu corpo.Não existia mais Zayn Malik. Eu tinha virado praticamente um robô. Seu cheiro invadiu meus pulmões, seu perfume doce e delicado. O cheiro da Hope. Um cheiro bem conhecido por mim, que uma vez sentido, nunca mais esquecido.
Não dava para esperar mais. Meu
autocontrole parecia ter chegado ao seu limite.
Ela ia falar outra coisa, talvez
me afastar, mas não permiti. Amparei seu rosto com minhas mãos e o puxei para mim,
encaixando seus lábios nos meus.
OLÁ MINHOQUETES!
Tudo bem com vocês?
Certo, o que acharam do capítulo?
Eu não sabia, de nenhum jeito, como
escrever esse beijo para vocês,
sérião! Tive oitocentas ideias
diferentes e esse capítulo foi reescrito
umas 24543 vezes! Mas não
parecia ficar bom de nenhuma
maneira, e ainda acho que
não está! Me desculpem se
decepcionei alguém :(
De qualquer jeito, eu espero
que tenham gostado, ok?
Muuuuuuuuuito obrigada pelos
comentários anteriores <3
Amo vcs dmaaaaaaaaaaaaais!
E além do mais, o coiso que aconteceu
com o louis, q ele colocou no tt, me
influenciou pra não conseguir escrever
um cap bom!
Eu to totalmente chatiada!
#LouisWeLoveYou :(
Bom, só isso!
Malikisses & Paynekisses
Lo <3
Aiiiii Mdsssss... C.O.N.T.I.N.U.A!!! aii meu Coraa! qur perfeitoo
ResponderExcluirOq ele colocou no ttt ?
ResponderExcluirMuitooooo top!!! CONTINUAA
ResponderExcluirAi, eu vi um blog que nem o seu, capitulos inguais, tao plagiando o seus capitulos .. viim avisar
ResponderExcluirXoxo sah